O jornal francês Le Monde destaca neste domingo o papel que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem exercido na proteção da democracia contra os sucessivos ataques do presidente Jair Bolsonaro, mesmo com a necessidade de debates sobre o papel ocupado pelo sistema judiciário no país.
Assinado pelo jornalista Bruno Meyerfield, o artigo explica
o peso que o STF ganhou recentemente e seu papel contra “as pulsões golpistas
do presidente Jair Bolsonaro”, por meio de medidas como a suspensão, censura ou
anulação de uma série de decretos presidenciais.
Dentre esses textos, estão a transferência para o ministro
da Agricultura de competências na demarcação de terras indígenas, a
liberalização do porte de armas, e inquéritos judiciais que têm como alvo
Bolsonaro.
O jornal também cita a investigação sobre as “fake news”, a
difusão massiva de falsas informações e ameaças contra o próprio STF, a das
milícias digitais da extrema direita “contra a democracia brasileira” e a do
voto eletrônico.
De acordo com Le Monde, é difícil definir a tendência
política do STF mesmo que sete entre os 11 juízes tenham sido nomeados por
presidentes de esquerda, e a instituição não é tão popular assim – o jornal
chegou a citar uma pesquisa Datafolha em que 24% dos brasileiros considera “boa
ou excelente” a ação dos 11 magistrados de Brasília.
“O STF é observado, respeitado, ouvido por todos, mas não
tem a capacidade de implicar a população. Os juízes não são eleitos pelo sufrágio
universal e eu não os imagino à frente de uma ação heroica de resistência em
caso de golpe”, analisa Michael Mohallem, especialista em direito
Constitucional da Fundação Getúlio Vargas, em entrevista.
A íntegra do artigo pode ser lida clicando
aqui
Fonte: Jornal GGN
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